Antes de morar em Campo Grande, todas as vezes que eu vinha visitar meu pai, ia na Casa do Artesão comprar os artesanatos típicos para presenteaar os meus amigos.
Comprava pra mim também, para decorar a minha casa.
Projeto é do engenheiro Camilo Boni, e está localizado no coração de Campo Grande, na esquina da avenida Afonso Pena com a Calógeras.
Foi totalmente restaurado e entregue em uma grande festa, neste domingo (19), pelo Governo do Estado, com shows dos cantores Geraldo Espíndola e Gabriel Sater.
Cêrca de 800 artesãos expõem 3 mil produtos para comercialização.
São peças de arte popular, artesanato (inclusive indígena) e produtos alimentícios típicos.
O governador Eduardo Riedel, destacou que a restauração do prédio fortalece a economia criativa, preserva e divulga a cultura e o turismo e a história de Mato Grosso do Sul.
“É um prédio tombado há 48 anos, quase 50. Mais do que isso, é um espaço arquitetônico que remete a nossa história e um espaço da economia criativa. Mais de 800 artesãos expõem aqui, então, demonstra um pouco a força da economia criativa, da nossa arte, da nossa cultura. É uma alegria reinaugurar a Casa do Artesão depois de quase 100 anos”, destacou.
Ele inaugurou a restauração ao lado da primeira-dama, Mônica Riedel.
HISTÓRIA
Construído entre 1918 e 1923, o local foi a primeira sede do Banco do Brasil, tendo até hoje o cofre como uma das atrações, mas desde 1º de setembro de 1975 abriga a Casa do Artesão. E em 1994, a edificação foi tombada como patrimônio histórico estadual.
O investimento da obra foi de R$ 2,5 milhões de recursos do Governo do Estado. A unidade passou por restauração completa, desde instalações elétricas e hidrosanitárias, a elementos arquitetônicos, banheiros, esquadrias e pintura.
Agora, no processo de prospecção, o imóvel se mostrou com a cor de terra que hoje estampam as paredes por dentro. As janelas foram decapadas, como quem num processo intervencionista consegue adiar a morte. “A arte tem essa condição, a de suspender a morte”, poetiza Sarasá.
No teto, o visitante olha para todo um trabalho de reidratação e reestruturação de madeiras entalhadas a mão, e o gradil que outrora ficou enferrujado hoje brilha graças à limpeza e estabilização.
A parede de tijolos à vista com cerâmica exalta os quatro elementos: água, ar, terra e fogo. “Além da alma do oleiro, do ceramista. Aqui nós mostramos a fisiologia do edifício, que como nosso corpo, não é oco”, compara Sarasá.
Entre poesia, arquitetura, restauro e conservação, a história não passa batido. E logo no centro da casa aparece o antigo cofre que outrora guardou o dinheiro de uma cidade.
A Casa do Artesão funciona na Avenida Calógeras, 2050, esquina com a Avenida Afonso Pena. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e aos sábados, das 8h às 16h.
SERVIÇO: informações e fotos da internet e do site do Governo do Estado
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